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Você já parou para questionar onde realmente começa o Novo Testamento? Será que realmente começa em Mateus 1? E se esse não for o verdadeiro início?

Introdução

Você já parou para questionar onde acontece o verdadeiro início do Novo Testamento? Enquanto muitos podem apontar para o primeiro capítulo de Mateus, ou para o início de cada livro dos evangelhos, será que essa é realmente a origem desse momento crucial na história da fé cristã? E se houvesse uma perspectiva mais profunda e significativa por trás desse início? Convido você a explorar comigo essa questão intrigante e descobrirmos juntos o verdadeiro marco inicial do Novo Testamento.

O Novo Testamento e a Morte do Testador

Conforme destacado em Hebreus 9:15-17, um testamento só entra em vigor com a morte do testador. Isso implica que, até o momento da morte de Cristo, a nova aliança não estava plenamente estabelecida. Desta forma, o Evangelho de Mateus 1, não pode ser o verdadeiro início do Novo Testamento.

“E por isso [Cristo] é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” (Hb 9:15-17).

O Cumprimento da Lei e a Nova Aliança

Cristo veio ao mundo não para abolir a lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17). Sua vida terrena foi marcada pelo cumprimento perfeito da lei, oferecendo-se como sacrifício definitivo para redimir a humanidade do pecado e da maldição da lei (Gl 3:10). Quando Cristo proclamou na cruz “está consumado” (Jo 19:30), Ele não apenas completou Sua obra redentora, mas também inaugurou uma nova era – o início da nova aliança.

A Nova Aliança em Ação: Graça e Acesso Direto a Deus

Hoje, vivemos debaixo da graça, graças ao sacrifício de Cristo. Ele é nosso Sumo Sacerdote, Mediador entre Deus e os homens, e nos concedeu acesso direto ao Pai (Hb 4:14-16). A queda do véu do templo após a morte de Cristo simboliza a abertura do caminho para todos os crentes chegarem a Deus sem a necessidade de intermediários terrenos.

Cristo: O Centro do Antigo e do Novo Testamento

Toda a Escritura, desde Moisés até os profetas, aponta para Cristo como seu centro (Lc 24:27). A antiga aliança preparou o caminho para a nova aliança, que é superior, inquebrável e perfeita (Hb 8:7, 13; 10:9). Assim como Jesus ensinou sobre não colocar remendo novo em veste velha (Mt 9:16-17), também devemos entender que a nova aliança não pode ser misturada com os princípios da antiga.

“Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. Nem se põe vinho novo em vasilhas de couro velhas; se o fizer, as vasilhas se rebentarão, o vinho se derramará e as vasilhas se estragarão. Pelo contrário, põe-se vinho novo em vasilhas de couro novas; e ambos se conservam” (Mt 9:16-17)

Dois Concertos, Duas Alianças

“Eu gostaria de estar com vocês agora e mudar o meu tom de voz, pois estou perplexo quanto a vocês. Digam-me vocês, os que querem estar debaixo da lei: Acaso vocês não ouvem a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu mediante promessa. Isso é usado aqui como uma ilustração; estas mulheres representam duas alianças. Uma aliança procede do monte Sinai e gera filhos para a escravidão: esta é Hagar. Hagar representa o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à atual cidade de Jerusalém, que está escravizada com os seus filhos. Mas a Jerusalém do alto é livre, e essa é a nossa mãe. Pois está escrito: “Regozije-se, ó estéril, você que nunca teve um filho; grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto; porque mais são os filhos da mulher abandonada do que os daquela que tem marido” (Gl 4:20-27).

Até esse Ponto Paulo Fala de 2 Alianças:

  • A primeira do monte Sinai gerando filhos para escravidão (Agar – representando a Lei – VT);
  • A segunda, gerando filhos da promessa e da fé (Sara – representando a Graça – NT).

Na Sequência, Veja o que Paulo Fala para os Filhos da Promessa:

“Vocês, irmãos, são filhos da promessa, como Isaque. Naquele tempo, o filho nascido de modo natural perseguia o filho nascido segundo o Espírito. O mesmo acontece agora. Mas o que diz a Escritura? “Mande embora a escrava e o seu filho, porque o filho da escrava jamais será herdeiro com o filho da livre”. Portanto, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre” (Gl 4:28-31).

Paulo fala claramente que não somos filhos da escrava (Lei), mas da livre (Graça). O filho gerado da carne perseguia o filho gerado do Espírito (vs.29) e o que Deus fez? Mandou lançar fora a escrava e seu filho! Não vivemos pela Lei e quando seguimos ordenanças da antiga aliança, estamos nos colocando debaixo dela. Isso não é correto! Precisamos fazer nossa escolha, pois não podemos ser filhos da escrava e da promessa (Lei e Graça).

Conclusão: Escolha entre a Lei e a Graça

A mensagem da cruz nos chama a fazermos uma escolha: entre viver debaixo da escravidão da lei ou desfrutar da liberdade e da graça proporcionadas por Cristo. Como enfatizado por Paulo em Gálatas 4:30-31, somos filhos da promessa, não da escravidão. Portanto, é imperativo que compreendamos e abracemos plenamente a nova aliança estabelecida pelo sacrifício de Cristo na cruz.

Aplicação Prática

Para aplicar esse entendimento em nossas vidas diárias, é essencial vivermos em gratidão pela graça abundante que recebemos por meio de Cristo. Devemos buscar relacionamentos íntimos com Deus, aproveitando o acesso direto que Ele nos concedeu. Além disso, ao compartilharmos o evangelho com outras pessoas, devemos enfatizar a obra consumada de Cristo como o fundamento de nossa fé e esperança.

Ao entendermos e abraçarmos plenamente a verdade da nova aliança inaugurada na cruz, experimentamos a plenitude da vida em Cristo, vivendo em liberdade e graça, além de compartilhar essa mensagem transformadora com todos ao nosso redor.

Para Meditar

O ponto de partida para entender as Escrituras da maneira correta é a CRUZ de Cristo!

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